Imagem capa - Introdução Alimentar por Brenda Lima Fotografia

Introdução Alimentar

Introdução alimentar é o termo usado para designar a fase em que a alimentação dos bebês começa a incorporar outros alimentos além do leite materno. Ela deve ser iniciada no sexto mês de vida, conforme recomendação médica. Até essa idade, o aleitamento materno deve ser exclusivo e não há necessidade de nenhum outro alimento, nem mesmo água, já que o leite da mãe supre também as necessidades de hidratação do bebê. 

Aos seis meses, recomenda-se começar a introduzir outros alimentos na dieta, ao mesmo tempo em que, na medida do possível, o aleitamento continue até os 2 anos de idade.


A alimentação complementar deve ser introduzida de maneira lenta e gradual. Algumas crianças podem estranhar no início e recusar determinados alimentos, o que é normal, pois trata-se de uma experiência totalmente nova para elas. Se ela não aceitou, não insista ou force. É importante que o alimento seja oferecido novamente em outra ocasião. É necessário oferecer um alimento de oito a dez vezes, em média, até que a criança aceite.

O ideal é oferecer ao bebê uma alimentação variada e rica em nutrientes. É preciso unir representantes dos quatro grupos alimentares principais: hortaliças e frutas, carnes e ovos, cereais e grãos. A composição de todos esses grupos é que vai permitir que a criança tenha energia, proteínas, sais minerais e as vitaminas necessárias para um crescimento adequado. Até o oitavo mês é preciso introduzir alimentos como ovos, peixes e glúten para criar tolerância e evitar possíveis alergias.

Não se recomenda bater os alimentos no liquidificador, para permitir que a criança experimente novas texturas e sabores e aprenda a mastigar. É fundamental que ela tenha uma discriminação do sabor dos alimentos e movimentos de mastigação.

Por outro lado, pelo menos até os 2 anos é importante evitar itens como frituras, enlatados, salsicha, refrigerante, café, salgadinhos, balas e açúcar adicionado nos alimentos. O sal deve ser usado com moderação, o mínimo possível. Priorize sempre alimentos frescos, ou seja, evite congelados e processados.



Hora da Refeição

É necessário ter disciplina nos momentos de refeição e proporcionar um ambiente calmo e tranquilo para a criança comer. O momento da refeição deve ser prazeroso. Não devemos ficar prendendo a atenção deles com telas, desenhos e coisas do tipo. Isso prejudica o horário da alimentação. Não se deve castigar a criança por não comer ou oferecer recompensas por ela "limpar o prato". Quando a criança está sem fome, o melhor a fazer é não insistir nem forçá-la. As refeições podem ser feitas conforme os horários da família.


Introduzindo Pouco a Pouco

A introdução alimentar deve começar com a oferta de duas papinhas de fruta e uma papinha de legumes diariamente durante o primeiro mês. A papinha de legumes deve conter um alimento de cada grupo alimentar:

- Hortaliças: folhas verdes, abóbora, beterraba, quiabo, tomate, cenoura,etc.

- Cereais: arroz, batata-doce, batata, inhame, macarrão, aipim, etc.

- Carnes e ovos: frango, peixe, boi, pato, miúdos, codorna, ovos,etc.

- Grãos: feijão, lentilha, soja, ervilha, grão-de-bico, etc.

A alimentação deve ser variada, por isso é interessante oferecer diferentes opções a cada dia.

No início, a consistência da comida deve ser pastosa e ir solidificando gradativamente. Não é necessário o uso de peneira, basta amassar os alimentos com um garfo. Logo após o primeiro mês de introdução, os pais podem deixar pequenos pedaços sólidos na papinha para estimular a mastigação. Perto do primeiro ano de vida, a criança já pode comer a refeição básica da família. 

Lembre-se de oferecer água filtrada nos intervalos das refeições. Também é importante oferecer duas frutas diferentes por dia.